quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A CONDENAÇÃO DOS IDÓLATRAS

A condenação dos idólatras

1 Algumas das autoridades de Israel vieram e se sentaram diante de mim.
2 Então o Senhor me falou:
3 "Filho do homem, estes homens ergueram ídolos em seus corações e puseram tropeços ímpios diante de si. Devo deixar que me consultem?
4 Ora, diga-lhes: Assim diz o Soberano, o Senhor: Quan­do qualquer israelita erguer ídolos em seu coração e puser um tropeço ímpio diante do seu rosto e depois for consultar um profeta, eu o Senhor, eu mesmo, responderei a ele conforme a sua idolatria. 

5 Isto farei para reconquistar o coração da nação de Israel, que me abandonou em troca de seus ídolos.
6 "Por isso diga à nação de Israel: Assim diz o Soberano, o Senhor: Arrependa-se! Desvie-se dos seus ídolos e renuncie a todas as práticas detestáveis!
7 "Quando qualquer israelita ou qualquer estrangeiro residente em Israel separar-se de mim, erguer ídolos em seu coração e puser um tropeço ímpio diante de si e depois for a um profeta para me consultar, eu, o Senhor, eu mesmo, responderei a ele.
8 Voltarei o meu rosto contra aque­le homem e farei dele um exem­plo e um objeto de zombaria. Eu o eliminarei do meio do meu povo. E vocês saberão que eu sou o Senhor.
9 "E, se o profeta for enganado e levado a proferir uma profecia, eu, o Senhor, terei enganado aque­le profeta e estenderei o meu braço contra ele e o destruirei, tirando-o do meio de Israel, o meu povo.
10 O profeta será tão culpado quanto aquele que o consultar; ambos serão castigados.
11 Isso para que a nação de Israel não se desvie mais de mim nem mais se contamine com todos os seus pecados. Serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Palavra do Soberano, o Senhor".

Julgamento inevitável

12 Esta palavra do Senhor veio a mim:
13 "Fi­lho do homem, se uma nação pecar contra mim por infidelidade, estenderei contra ela o meu braço para cortar o seu sustento, enviar fome sobre ela e exterminar seus homens e seus animais.
14 Mesmo que estes três homens - Noé, Daniel e Jó - estivessem nela, por sua retidão eles só poderiam livrar a si mesmos. Palavra do Soberano, o Senhor.
15 "Ou, se eu enviar animais selvagens para aquela nação e eles a deixarem sem filhos e ela for abandonada de tal forma que ninguém passe por ela com medo dos animais,
16 juro pela minha vida, palavra do Soberano, o Senhor, mesmo que aqueles três homens estivessem nela, eles não poderiam livrar os seus próprios filhos ou filhas. Só a si mesmos livrariam, e a nação seria arrasada.
17 "Ou, se eu trouxer a espada contra aquela nação e disser: Que a espada passe por toda esta terra, e eu exterminar dela os homens e os animais,
18 juro pela minha vida, palavra do Soberano, o Senhor, mesmo que aqueles três homens estivessem nela, eles não poderiam livrar seus próprios filhos ou filhas. Somente eles se livrariam.
19 "Ou, se eu enviar uma peste contra aquela terra e despejar sobre ela a minha ira derramando sangue, exterminando seus homens e seus animais,
20 juro pela minha vida, palavra do Soberano, o Senhor, mesmo que Noé, Daniel e Jó estivessem nela, eles não poderiam livrar seus filhos e suas filhas. Por sua justiça só poderiam livrar a si mes­mos.
21 "Pois assim diz o Soberano, o Senhor: Quanto pior será quando eu enviar contra Jerusalém os meus quatro terríveis juízos: a espada, a fome, os animais selvagens e a peste, para com eles exterminar os seus homens e os seus animais!
22 Contudo, haverá alguns sobreviventes; filhos e filhas que serão retirados dela. Eles virão a vocês e, quando vocês virem a conduta e as ações deles, vocês se sentirão consolados com relação à desgraça que eu trouxe sobre Jerusalém.
23 Vocês se sentirão consolados quando virem a conduta e as ações deles, pois saberão que não agi sem motivo em tudo quanto fiz ali. Palavra do Soberano, o Senhor"

Job

1 Então Jó respondeu:
2 "Se tão somente pudessem
pesar a minha aflição
e pôr na balança a minha desgraça!
3 Veriam que o seu peso é maior
que o da areia dos mares.
Por isso as minhas palavras
são tão impetuosas.
4 As flechas do Todo-poderoso
estão cravadas em mim,
e o meu espírito suga delas o veneno;
os terrores de Deus
me assediam. 

5 Zurra o jumento selvagem
se tiver capim?
Muge o boi se tiver forragem?
6 Come-se sem sal
uma comida insípida?
E a clara do ovo, tem algum sabor?
7 Recuso-me a tocar nisso;
esse tipo de comida
causa-me repugnância.
8 "Se tão somente fosse atendido
o meu pedido,
se Deus me concedesse o meu desejo,
9 se Deus se dispusesse a esmagar-me,
a soltar a mão protetora
e eliminar-me!
10 Pois eu ainda teria o consolo,
minha alegria
em meio à dor implacável,
de não ter negado
as palavras do Santo.
11 "Que esperança posso ter,
se já não tenho forças?
Como posso ter paciência,
se não tenho futuro?
12 Acaso tenho a força da pedra?
Acaso a minha carne é de bronze?
13 Haverá poder que me ajude
agora que os meus recursos se foram?
14 "Um homem desesperado
deve receber
a compaixão de seus amigos,
muito embora ele tenha abandonado
o temor do Todo-poderoso.
15 Mas os meus irmãos enganaram-me
como riachos temporários,
como os riachos que transbordam
16 quando o degelo os torna turvos
e a neve que se derrete os faz encher,
17 mas que param de fluir
no tempo da seca
e no calor desaparecem
dos seus leitos.
18 As caravanas se desviam
de suas rotas;
sobem para lugares desertos
e perecem.
19 Procuram água
as caravanas de Temá,
olham esperançosos
os mercadores de Sabá.
20 Ficam tristes,
porque estavam confiantes;
lá chegaram tão somente
para sofrer decepção.
21 Pois agora vocês
de nada me valeram;
contemplam minha temível situação
e se enchem de medo.
22 Alguma vez pedi a vocês
que me dessem alguma coisa?
Ou que da sua riqueza
pagassem resgate por mim?
23 Ou que me livrassem
das mãos do inimigo?
Ou que me libertassem das garras
de quem me oprime?
24 "Ensinem-me,
e eu me calarei;
mostrem-me onde errei.
25 Como doem as palavras verdadeiras!
Mas o que provam
os argumentos de vocês?
26 Vocês pretendem corrigir o que digo
e tratar como vento
as palavras de um homem
desesperado?
27 Vocês seriam capazes
de pôr em sorteio o órfão
e de vender um amigo
por uma bagatela!
28 "Mas agora,
tenham a bondade
de olhar para mim.
Será que eu mentiria
na frente de vocês?
29 Reconsiderem a questão,
não sejam injustos;
tornem a analisá-la,
pois a minha integridade
está em jogo.
30 Há alguma iniquidade em meus lábios?
Será que a minha boca
não consegue discernir a maldade?


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